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  • 6 Novembro 2024
  • 12 meses

Apoiar a Saúde Mental Feminina

Emily Fournier

Gestor, Marketing & Communications

Segundo os últimos dados da Eurostat, Portugal tem o maior número de mulheres a reportar depressão crónica em toda a UE. Embora o país se encontre em 29.º lugar no que toca à saúde feminina no Índice Global de Saúde das Mulheres da Hologic – com seis países membros da UE a compor o top 10 -, Portugal encontra-se muito abaixo dos seus vizinhos e concorrentes globais, ocupando o 48.º lugar entre 142 países e territórios avaliados. Apesar dos dados serem limitados, a investigação sugere que mais de 60% das mulheres em Portugal correm risco de depressão clínica, com muitas outras suscetíveis à ansiedade, PTSD (Perturbação de Stress Pós-Traumático), burnout e suicídio.

Estes números são inaceitáveis, especialmente porque são vários os estudos que demostram que as mulheres são amplamente a favor de falar sobre os seus problemas de saúde mental e procurar ajuda. Isto sugere que o problema não reside em algum aspeto das suas vidas pessoais, mas sim nas falhas sistémicas relacionadas com os cuidados que recebem.

Como detalhado no “depression scorecard” (scorecard de depressão) do Health Policy Partnership, apresentado o ano passado, uma série de desafios – incluindo uma escassez nacional de psicólogos qualificados, diretrizes clínicas desatualizadas e pouco claras e uma dependência excessiva de intervenções farmacológicas -, prejudicam significativamente a capacidade do país para tratar a depressão de forma holística e, por isso, eficaz. Assim, as pessoas que sofrem de depressão leve a moderada frequentemente não conseguem aceder aos cuidados de que necessitam, pois os recursos limitados são reservados a patologias mais graves. Além disso, a falta de dados abrangentes e sistémicos sobre as tendências nacionais em matéria de saúde mental significa também que as mulheres estão a perder a oportunidade de beneficiar de intervenções específicas para fazer face aos desafios desproporcionados que enfrentam.

No geral, estes dados revelam a necessidade de um compromisso mais forte com a saúde mental e os cuidados de saúde – particularmente no sexo feminino -, em conjunto com novos caminhos para oferecer esses cuidados. Tanto a investigação, como a legislação portuguesa sublinham o papel vital que os empregadores desempenham na promoção da saúde mental e na garantia de que os colaboradores têm acesso ao apoio de que necessitam, indicando que o reforço do apoio ao bem-estar dos colaboradores pode ser um dos caminhos para colmatar as lacunas existentes e melhorar a qualidade de vida das mulheres em todo o país.

 

Como os Empregadores Podem Apoiar a Saúde Mental Feminina

Discriminação com base no género, assédio e agressão; condições de trabalho precárias ou stressantes; restrições de tempo ou financeiras; isolamento, solidão, exclusão, entre tantos outros, são alguns dos fatores citados por especialistas para explicar a razão pela qual as mulheres são cada vez mais vulneráveis a doenças mentais em comparação com os seus colegas masculinos. Particularmente no contexto do local de trabalho, muitas mulheres continuam a enfrentar maus-tratos sob a forma de assédio sexual, oportunidades limitadas de progressão, despromoção ou diminuição de responsabilidades e constante subestimação por parte dos supervisores ou colegas. Com o tempo, estas experiências podem ser profundamente desgastantes para as mulheres, especialmente para aquelas que, devido às expectativas culturais, enfrentam o desafio adicional de assumir a maior parte das responsabilidades domésticas e familiares, colocando frequentemente as suas próprias necessidades em segundo plano em relação às das suas famílias. Esta confluência de stress esgota ainda mais a energia emocional das mulheres e inibe a sua capacidade de cuidar de si próprias ou de procurar ajuda.

Felizmente, existem algumas diferenças positivas entre os desafios de saúde mental enfrentados pelos dois sexos. Comparadas com os homens, as investigações demonstram que as mulheres têm muito mais conhecimento sobre saúde mental e doenças mentais e enfrentam muito menos estigma. Como resultado, as mulheres estão geralmente mais dispostas a falar abertamente sobre os seus problemas de saúde mental e a procurar ajuda ativamente, duas ações que são verdadeiros desafios para os homens. Para os empregadores, isto significa que investir na saúde mental das mulheres trará retornos tangíveis, uma vez que podem confiar que o apoio fornecido às colaboradoras será efetivamente utilizado.

Então, como é que os empregadores podem investir no bem-estar das suas colaboradoras? A resposta simples é estabelecendo parcerias com um fornecedor de soluções de bem-estar holísticas que possa abordar de forma abrangente e simultânea todos os fatores que influenciam as necessidades de saúde mental das mulheres.

Ao realizar esta parceria com um fornecedor como a Workplace Options (WPO), os empregadores podem esforçar-se por atingir os principais objetivos associados à melhoria da saúde mental a nível da população, nomeadamente:

– Proporcionar apoio integrado e abrangente à saúde mental

–  Tomar decisões com base em dados sobre o apoio disponível

– Capacitar as pessoas a assumirem um papel ativo nos seus próprios cuidados

– Aproveitar a tecnologia para expandir o acesso aos cuidados

– Criar uma cultura ou comunidade de cuidados

 

Com acesso a um conjunto completo de soluções de apoio emocional, prático e profissional, que abrange serviços de aconselhamento e coaching, serviços jurídicos e financeiros, bem como apoio à prestação de cuidados, os empregadores podem equipar as suas colaboradoras com as ferramentas de que necessitam para proteger não só a sua saúde mental, como o seu bem-estar holístico. Ao capacitar as mulheres para gerir proativamente o seu bem-estar físico, social, financeiro, familiar e profissional – e ao fornecer orientação sobre como fazê-lo -, os empregadores podem procurar prevenir as consequências adversas para a saúde mental que advêm destas áreas. Mais concretamente, ao enfrentar desafios como a insegurança financeira, restrições de tempo, falta de concentração, gestão do tempo e outras questões relacionadas com o trabalho, preocupações familiares e de cuidados, inatividade física e práticas inadequadas de sono e nutrição, os empregadores podem aspirar a combater a depressão na sua origem.

Além disso, ao tirar partido de ferramentas de recolha e análise de dados, como as oferecidas pelo grupo de consultoria da WPO, os empregadores podem garantir que estão realmente a abordar as “causas profundas” da depressão à medida que se aplicam à sua força de trabalho específica. Através de mecanismos como avaliações de risco psicossociais, questionários de bem-estar, grupos de discussão, entre outros, os empregadores podem interagir diretamente com os colaboradores para inquirir sobre os desafios específicos que enfrentam – sejam emocionais ou outros – e avaliar as soluções desejadas. Isto não só ajuda a maximizar a utilização dos serviços, como garante que esses serviços são impactantes e eficazes.

Para enfrentar desafios sistémicos, como a escassez de psiquiatras mencionada e a ênfase em intervenções farmacológicas, juntamente com desafios pessoais relacionados com a gestão do tempo ou o compromisso com o autocuidado, os empregadores podem aproveitar as ferramentas digitais e tecnológicas para contornar tempos de espera, incentivar o envolvimento pessoal nos cuidados, e acelerar o tempo que leva para que as mulheres recebam o apoio de que necessitam. Ao oferecer cuidados através de uma aplicação, online ou virtuais, que garantem acesso a apoio ao vivo 24/7, os empregadores podem capacitar as colaboradoras a gerir as suas necessidades de saúde mental sempre e onde for necessário, ou simplesmente num horário e local que lhes seja mais conveniente.

Ao simplificar o caminho para os cuidados, os empregadores encorajam os colaboradores a ver a procura de ajuda não como algo a adiar, mas como um passo claro e fácil a dar o mais breve possível. Isto não só ajuda a evitar que os sintomas adversos aumentem, como também permite aos colabores de cuidarem proativamente da sua saúde e bem-estar.

Finalmente, embora as mulheres já estejam dispostas a partilhar as suas experiências com problemas de saúde mental, criar uma cultura ou comunidade no local de trabalho que esteja disposta e preparada para receber e responder a essas histórias é essencial para garantir a segurança psicológica das mulheres no trabalho. Além disso, garantir que tal cultura ou comunidade esteja enraizada na paridade de género, no respeito mútuo, na gentileza e na empatia é essencial para proteger as colaboradoras dos efeitos prejudiciais da discriminação, do bullying, do assédio, da exclusão e do menosprezo. Para cultivar de forma eficaz um ambiente psicologicamente seguro e amigável para as colaboradoras, existem várias soluções que os líderes podem adotar, incluindo:

Grupos de recursos para colaboradores: Dado que a investigação sugere que as mulheres são geralmente mais literadas e, portanto, mais vocais sobre a saúde mental, a criação de grupos de recursos para colaboradores (ERG) para elementos do sexo feminino com identidades, crenças ou contextos partilhados pode ser uma forma eficaz de criar um ambiente seguro e empoderador, onde as colaboradoras possam discutir experiências partilhadas e explorar soluções para os desafios de saúde mental.

Programas de embaixadores de Wellbeing: Para elevar tanto as mulheres que já cuidam do seu bem-estar, como para inspirar outras a fazer o mesmo, incorporar um programa de embaixadores de Wellbeing pode ser uma ótima forma de criar uma cultura de cuidados e bem-estar em que os pares não são apenas incentivados, como também treinados para cuidar uns dos outros e sinalizar os colegas para o apoio adequado.

Formação de colaboradores, gestores e líderes: A única forma de abordar questões de estigmatização, ignorância, preconceito ou discriminação é através da educação. Ao organizar sessões de formação para toda a empresa sobre temas que vão desde o preconceito inconsciente até a intervenção de testemunhas, os empregadores podem garantir que todos os colaboradores estão familiarizados com os fatores de risco e os sinais de alerta associados à má saúde mental; saibam o que fazer se eles ou algum dos seus colegas tiver um problema; e compreendam a importância de se tratar a si mesmos e aos seus colegas com respeito, compreensão, paciência e empatia.

Apoio aos gestores (Manager Assist): Em última análise, os gestores são frequentemente o primeiro ponto de contacto para os colaboradores em situação de angústia ou em procura de apoio. Desta forma, o apoio que prestam é crucial para determinar se os colaboradores conseguem superar os seus desafios. Ao fornecer apoio psicológico contínuo aos gestores, os empregadores podem garantir que eles possuem as competências e os conhecimentos necessários para oferecer o apoio mais adequado aos colaboradores em dificuldades e encaminhá-los rapidamente para os recursos certos para apoio adicional.

Embora as tendências que sugerem que as mulheres enfrentam problemas de saúde mental em taxas mais elevadas do que os homens sejam alarmantes, o lado positivo é que as mulheres estão mais abertas a procurar ajuda e a libertarem-se destes desafios. Ao responder à situação e oferecer às colaboradoras um apoio abrangente e integrado para abordar todas as suas necessidades de saúde e manter um forte bem-estar mental, os empregadores podem garantir uma força de trabalho próspera — e, mais importante, uma organização próspera.

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